quinta-feira, 25 de junho de 2009

O Poder do Evangelho

“Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado”. Atos 13: 2.



Começa aqui a primeira viagem missionária de Paulo, tendo já sido chamado por Deus anteriormente (Atos 9: 15, 16), obedecia pregando onde quer que estivesse (Atos 9: 20). Contudo, nesse momento, é reconhecido e enviado pela igreja para um trabalho específico.
Muitos pontos importantes se pode aprender sobre o relacionamento entre missão, igreja e obreiro: 1º - Deus deu uma missão a igreja – anunciar a Palavra de Deus a todas as pessoas, cada igreja tem a responsabilidade de atender essa ordenança do Senhor, executando esse serviço da melhor e mais abrangente forma possível. Em Antioquia anunciavam a Palavra aos judeus primeiramente e depois a todos (Atos 11: 19, 20), é evidente que esse trabalho era feito pelos crentes em suas horas vagas ou quando tivessem oportunidade. Assim também os cinco mestres da igreja serviam no ministério de ensino. A palavra grega leitourgéo, significava exercício do serviço público sem remuneração, também era utilizada para serviço religioso ministrado pelo sacerdote (Hebreus 10:11). 2º - À medida que a igreja cresce, cresce também a visão de alcançar o maior número possível de pessoas, chega o momento de levantar obreiros para essa tarefa, sustentá-los para poderem servir em todo o tempo. Concluímos que a missão mais importante da igreja é a pregação da Palavra, tudo deve cooperar para esse objetivo. Dinheiro, estrutura física, projetos, reuniões administrativas, tudo deve ter esse foco: anunciar a Palavra de Deus em todo o tempo. Cabe a igreja organizar e sustentar esta tarefa, a igreja fará isso com os recursos arrecadados entre os membros. 3º - A igreja deverá separar, entre os irmãos, àqueles que foram chamados pelo Senhor para esse serviço específico (v.2), esse “chamado” deverá ser reconhecido pelos irmãos, pois precisarão se identificar e apoiá-los (v.3). É necessário que esses irmãos estejam ou se tornem habilitados e preparados na Palavra, como Paulo e Barnabé eram (mestres na Palavra ou professores da Palavra). Deverão ser irmãos que já estejam envolvidos no trabalho do Senhor no pouco tempo que têm.
Agora, dispostos e apoiados pela igreja em Antioquia saem para um serviço específico e planejado, sua missão: anunciar o Evangelho e formar novas igrejas na ilha de Chipre e região da Galácia. Paulo, Barnabé e João Marcos (como auxiliar) começam seu ministério. Ao chegarem a Chipre enfrentam obstáculos comuns aos pregadores da Palavra, isto é, oposição daqueles que dominam religiosamente o povo e não querem perder seu poder. A Palavra prospera, encontrando corações sedentos, desejosos de conhecer o Deus vivo, aliviados pela graça salvadora, encontram paz e certeza de salvação. A oposição se apresenta como desvio da verdade, Elimas, o mágico, pois assim era chamado e isso significava que ele se apresentava como um representante da divindade, como alguém que interpretava os sinais divinos, quer fossem através de sonhos ou qualquer outro sinal considerado sobrenatural, dominava a vida religiosa do representante de César na ilha, Sérgio Paulo e por meio desse “poder” dominava também os habitantes da ilha. Mas nada resiste ao Poder da Palavra de Deus, a Verdade liberta e os novos crentes são libertos das mentiras e enganos de Elimas. Através de Jesus Cristo têm agora acesso ao Pai e não precisam de um intermediário como Elimas, que segundo as palavras de Paulo, “pervertia os retos caminhos do Senhor” (v.10). Deus opera por meio de Sua Palavra, por isso a principal arma de Satanás é a perversão do Evangelho. Como Satanás faz isso? Através de seus agentes, ele apresenta uma mensagem como vinda de Deus, apresenta “sinais”, supostamente miraculosos para confirmar a mensagem pregada. Contudo, esses “sinais” não passam de perversão, a Palavra é pervertida e os “sinais” são mentirosos. Não são poucos os que se deixam enganar, Sérgio Paulo era um homem instruído em muitas coisas, mas lhe faltava o conhecimento de Deus. Assim, a palavra de Cristo ainda ecoa nos nossos dias “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna e são elas mesmas que testificam de mim” (João 5: 39). O povo sofre porque lhe falta o conhecimento de Deus.
O poder do Evangelho fica evidente na admiração do pro cônsul, Lucas nos diz que ele creu maravilhado com a DOUTRINA DO SENHOR. É claro que a cegueira de Elimas chamou a atenção do pro cônsul, ele se torna disposto a ouvir, mas não foi a manifestação sobrenatural do poder de Deus, cegando àquele que espiritualmente já era cego, que salvou o pro cônsul. A salvação vem pela fé e a fé vem pela pregação do Evangelho, ele precisou ouvir a doutrina do Senhor (Evangelho) para crer. Essa é a missão da igreja: ensinar o Evangelho, isso não se faz em um minuto, precisa-se tempo, disposição e acima de tudo precisa conhecer o Evangelho, se os crentes não estão conhecendo o Evangelho de Jesus Cristo, como queremos que o mundo creia? Uma igreja que não anuncia a Palavra de Deus aos que estão fora deixa a impressão de que os que estão dentro ainda não conheceram plenamente o Evangelho. O poder do Evangelho é manifesto através da Palavra de Deus, e essa precisa ser anunciada e o Espírito de Deus conduzirá o ouvinte à salvação, segundo seu poder. Que Deus nos desperte para isso!

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