quinta-feira, 21 de maio de 2009

Superabundante Graça

“Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e, sim, como dívida. Mas ao que não trabalha, porém, por crer naquele que justifica ao ímpio, a sua fé é considerada como prática de justiça.” Romanos 4: 4, 5. (v.5 tradução do autor).



A Carta aos Romanos pode ser considerada um tratado sobre a salvação pela graça, visto que nela, o Apóstolo Paulo procura desenvolver esse tema do início ao fim. Seu objetivo é convencer, principalmente os cristãos judeus de Roma, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm. 3: 23), não havendo ninguém que possa ser considerado justo por suas ações (Rm. 3: 10). Essa foi uma tarefa bastante difícil, pois os judeus, erroneamente, acreditavam que eram merecedores da salvação por serem descendentes de Abraão e terem se mantidos fies à Casa de Davi. Não é aleatória a escolha que Paulo faz desses dois vultos do Velho Testamento para provar que até mesmo eles foram salvos pela graça e não pelo mérito.
De forma convincente argumenta que Abraão foi salvo quando creu na promessa de ser pai de uma nação em terra estranha e que todas as suas ações foram evidências de sua fé, pela qual já fora salvo. Tanto a circuncisão, quanto a disposição de sacrificar Isaque, seu filho, foram posteriores a sua salvação. Pois, em Gênesis 15: 6, apresenta um Abraão justificado por sua fé. Assim também Davi, o grande rei, foi salvo pela graça de Deus, pois diante de seus pecados, adultério e homicídio, não restava outra coisa, segundo a Lei, se não a morte e conseqüentemente a perdição eterna. Mas, a graça se manifestou quando alcançou o perdão de seus pecados apesar de suas obras não merecerem tal recompensa, recebeu a salvação como um favor e por isso exclama, sem compreender, mas alegremente: “Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado” (Salmo 32: 1, 2).
Diante disso surge uma pergunta pertinente, a salvação é uma recompensa ou um favor? Se trabalharmos, o salário que receberemos não é um favor, mas uma dívida, pois receberemos o pagamento por nossos esforços. Mas quando não fazemos nada e mesmo assim recebemos algo, como chamamos isso? Presente, dádiva, favor... Logo, não há lugar para graça quando recebemos a recompensa por nossos esforços, mas quando não fazemos nada ou pior, fazemos o que merecidamente receberíamos a condenação, aí se manifesta a superabundante graça de Deus.
Essa é a mensagem do Evangelho – a boa notícia, que o homem em Cristo recebe pela fé a salvação de sua alma e que essa salvação é uma regeneração que pode ser atestada por quatro aspectos: perdão dos pecados, vida eterna, libertação do domínio do pecado e serviço voluntário ao Senhor que nos redimiu. Isso só é possível porque agora ele é uma nova criatura, regenerado por obra do Espírito Santo. Um novo homem. Glória a Deus!

Um comentário:

Elder Sacal Cunha disse...

Olá Pr.
Gostei do seu blog e por isso esotu lhe seguindo
Visite o meu
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Abraços
Pr Elder