terça-feira, 21 de abril de 2009

Escândalo

Marcos 14: 66-72

A palavra escândalo é de origem grega e foi transliterada para nossa língua com o sentido primário de “por uma armadilha no caminho de alguém”.
O Senhor avisou aos seus discípulos que seria colocado um escândalo no caminho deles e que eles o abandonariam. Pedro, sempre intempestivo, disse que jamais o abandonaria e, então, ouve a advertência que ele não apenas abandonaria, mas também o negaria.
O amor do Senhor Jesus é manifestado quando ele coloca um memorial diante de Pedro, o canto do galo. Esse memorial serviria de referência a Pedro que Jesus o amava e estaria disposto a recebê-lo de volta (Lc. 22:32). De fato, tudo aconteceu como Jesus previra e Pedro experimentou a sensação da provação. Naquele momento, Pedro, diante da ameaça de morte, não viu outra saída a não ser não se identificar com Cristo e nega-o por três vezes e por fim o abandona.
Será que nunca estivemos numa situação parecida? Será que nunca fomos tentados a negar o Senhor Jesus e sua Palavra? Certamente que sim, pois uma característica fundamental da vida cristã é a provação, porque através dela “o valor da nossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” 1º Pe.1:7. Ninguém melhor que Pedro para dar este conselho aos crentes da Dispersão.
As grandes lições, que podemos extrair dessa passagem, são:
a) Não somos tão forte como, às vezes, achamos (Mt. 26:35);
b) “Aquele que quer viver piedosamente em Cristo Jesus será perseguido” 2º Tm. 3:12;
c) Precisamos conhecer as nossas limitações (Mt. 26: 33);
d) Deus é misericordioso e está sempre disposto a usar o arrependido (Jo. 21:15-17);
e) Acredite nas advertências de Deus (Mc. 14: 27);
f) Satanás sempre procurará derrubar aqueles que estão servindo (Lc. 22: 31);
g) O caminho da queda começa com pequenos passos:
• Orgulho (Lc. 22:33);
• Negligência na oração (Lc. 22:45);
• Distância de Cristo (Lc. 22: 54);
• Comunhão com os incrédulos (Lc. 22:55);
• Não identificação com Cristo (Lc. 22:57);
• Não identificação com os crentes (Lc. 22: 58);
• Por fim, a queda (Lc. 22: 60).
O caminho da restauração começa com um profundo sentimento de arrependimento, “... Coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus” (Salmo 51: 17).

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