segunda-feira, 24 de maio de 2010

Aos Gálatas

A Libertação da Influência do Mundo Maligno

“A vós graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo, o qual se ofereceu voluntariamente a si mesmo pelos nossos pecados, para nos libertar deste presente século maligno, segundo a vontade de Deus, nosso Pai”. Gálatas 1: 3-4. (Tradução do autor).


A Carta aos Gálatas inicia com uma breve defesa de Paulo a respeito de sua autoridade apostólica. Ele faz questão de afirmar que sua chamada ao apostolado não se deu por um concílio de homens, mas por uma chamada direta do Senhor Jesus ressurreto dentre os mortos. Uma vez que sua mensagem estava sendo questionada, bem como sua autoridade de apóstolo. Paulo procurará lembrar aos gálatas que a experiência deles ao ouvir a pregação do Cristo crucificado foi uma evidência bastante clara do poder transformador do Evangelho da graça que tinham ouvido da parte dele. Isso seria uma das muitas evidências que ratificava sua mensagem. Os gálatas precisavam, de modo sensato, observar que a libertação operada neles foi a partir da fé na pregação de Paulo que tinha como ponto principal a morte de Jesus Cristo como pagamento pelos nossos pecados e a libertação do poder do pecado na vida deles. O poder que agora experimentavam sobre o pecado era uma conseqüência direta da ação do Espírito Santo nos seus corações a partir da fé e não do esforço de se enquadrar num conjunto de leis e regras constituídas de rituais, tal como a circuncisão e outros mais, na tentativa de purificar-se pela ação ritual constituída por uma obediência cega, própria daqueles que não são livres ou não são maduros ou não têm o Espírito Santo que os possa guiar. Os gálatas precisavam lembrar que experimentaram todo o processo de uma nova vida antes mesmo de conhecerem a Lei de Moisés. Isso, eles não poderiam negar.
No v. 4, Paulo inicia uma exposição bastante objetiva do propósito da morte de Cristo. Primeiramente, ele diz que Cristo se entregou para morrer voluntariamente, o verbo dídomi (oferecer, dar) traz a idéia de voluntariedade, aquilo que é oferecido sem uma razão obrigatoriamente pré-estabelecida. Com isso Paulo lembra as palavras do Senhor Jesus “Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para reassumi-la. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou...” (João 10: 17-18). O objetivo primário dessa expiação voluntária é o perdão de todos os nossos pecados, o quê nos possibilitará estar eternamente em comunhão com Deus, salvos eternamente, pois todos os nossos pecados foram punidos em Cristo, “...o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele...” (Isaías 53:5). Contudo, os gálatas precisavam lembrar também que a salvação não tem apenas implicação eterna ou pós-morte, mas que ela afeta diretamente nossa vida neste mundo. A salvação tem um aspecto que não pode ser ignorado, isto é, ela produz uma libertação da influência maligna deste sistema mundano governado por Satanás, o príncipe deste mundo que atua nos filhos da desobediência (Efésios 2: 2). Essa libertação é operada por Cristo ao nos extrair do domínio do pecado, “...o pecado não terá domínio sobre vós...” (Romanos 6: 14). Ao sermos salvos por Cristo pela fé, temos a libertação do poder do pecado; logo, tentar purificar-se pela obediência a Lei de Moisés caracterizará uma evidente tentativa de justificação e com isso se dirá que a Obra de Cristo não foi suficiente para efetuar uma purificação eficaz, também significará que ainda somos escravos do pecado e estamos sob a maldição, pois transgredir um mandamento da Lei constitui condenação total.
Em segundo lugar, além de ao longo da Carta, ele argumentar que a Lei teve um propósito provisório e que seu fim estava pré-determinado. E para convencê-los ele utilizará a ilustração em que comparará a Lei a um escravo que durante um tempo pré-estabelecido exerce uma autoridade pedagógica sobre o filho do senhor. Assim também, ao falar da influência maligna deste mundo, ele diz que essa influência é provisória, não durará para sempre, apenas um “século”, com a palavra “século”, ele quer dizer um período de tempo caracterizado por certo modo de vida e não uma medida temporal de cem anos.
Por fim, Paulo conclui o pensamento introdutório da Carta aos Gálatas, glorificando a Deus por sua vontade de não apenas salvar-nos eternamente, perdoando todos os nossos pecados, mas também nos conceder a graça de podermos viver uma vida plena de liberdade. A vontade de Deus foi de antemão preparar um povo zeloso e de boas obras (Efésios 2: 10), que tivesse uma vida vitoriosa contra o pecado, completamente livre da influência maligna deste mundo perverso.

terça-feira, 18 de maio de 2010

A Importância da Família

“Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: vai para tua casa, para os teus, anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti”. Marcos 5.19.


A vida do endemoninhado geraseno nos mostra o quanto é possível que alguém se afunde no pecado a tal ponto que todos que estão a sua volta se afastem. Marcos nos relata que a família do geraseno, seus amigos e todos os cidadãos daquela terra não conseguiam se relacionar com ele. Por isso ele chegou a morar entre os mortos. Como alguém chega a uma situação dessa? É evidente que isso não aconteceu de uma hora para outra, certamente foi um processo longo que culminou nessa situação. Podemos deduzir que primeiro ele foi uma ameaça para sua família, ninguém conseguia conviver com ele; depois se tornou uma ameaça aos amigos e por fim à sociedade. Todos procuravam neutralizá-lo, mas ninguém conseguia. Além de tirar a paz dos outros, ele também não tinha paz: “Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras”. Assim é a vida de quem não tem paz: não tem bons relacionamentos, não consegue dormir, fere os outros e a si mesmo.
Mas um dia, Jesus foi àquela região, e o geraseno não perdeu a chance de mudar sua história. Aproximou-se de Jesus como estava, sem receio ou vergonha, corre na direção de Jesus e O adora.Vendo a sua miséria e seu desejo de mudança, Jesus faz aquilo que ninguém naquela circunstância faria. Jesus lhe mostra amor e acima de tudo, Jesus mostra seu poder e liberta aquele homem dos demônios que o dominavam. Depois de experimentar o poder transformador de Jesus, aquele homem se torna um homem dócil, sereno, equilibrado e em perfeita paz aos pés de Jesus. Agora, ele está disposto a seguir Jesus, num sentido mais restrito, ele queria acompanhar Jesus, ou seja, estar ao seu lado para servir, talvez para realizar pequenas tarefas que trouxessem satisfação a Jesus, diante de tamanha gratidão, esse era o desejo do novo geraseno.
Contudo, acontece algo interessante. Jesus mostra àquele homem que servir a Cristo é anunciar a Sua Salvação, é testificar as pessoas aquilo que Jesus lhe fez, é levar a Palavra da Salvação a todas às pessoas. Jesus lhe mostra que ele deveria começar pela sua família, deveria voltar-se para ela, deveria restaurá-la, a comunhão deveria ser re-estabelecida. Então Jesus lhe diz: “Vai para tua casa, para os teus...”. A importância da família, dos laços familiares é aqui manifesta pelo nosso Senhor.
Meu caro leitor, como andam seus relacionamentos familiares? Você tem tido, de fato, plena paz? Jesus Cristo é o único que pode transformar sua vida, libertá-lo dos seus pecados e lhe dar uma esperança eterna por meio de seu sacrifício expiatório. Arrependa-se dos seus pecados e vá a Jesus e Ele lhe salvará.