quinta-feira, 28 de maio de 2009

Indiferença

“Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos”. Lucas 17: 26, 27.



O que há de errado em comer, beber, casar-se, plantar, colher e construir? Nada. Por que, então, Jesus destaca essas atitudes dos homens, quando se refere aos dias anteriores ao dilúvio e não aos seus muitos pecados? Certamente essas coisas fazem parte da vida, viver significa isso. Mas, qual foi o real problema deles e que segundo Jesus é também o nosso principal problema? Indiferença, ela conduz ao pecado. Podemos fazer todas essas coisas, sem, contudo, deixar o Reino de Deus em segundo plano. Jesus disse: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6: 33). Mas aí que está nossa grande dificuldade, aparece que não podemos fazer as duas coisas. Certamente não podemos servir a dois senhores, vamos sempre agradar mais a um do que ao outro. Por isso Jesus nos ensina que as coisas desta vida não podem nos dominar, não podem determinar nossa maneira de viver, elas precisam estar sob nosso controle, sendo nossos servos e não nossos senhores. Alguém já disse: “devemos amar as pessoas e usar as coisas e não o oposto”.
A Palavra de Deus nos dá a receita para termos uma vida agradável a Deus, pondo-O em primeiro lugar na nossa vida. “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. (Filipenses 4: 8). No pensamento, onde todas as nossas ações são planejadas, precisamos deixar que Cristo reine. Isso só se tornará real, quando tudo que planejarmos, tenha como alvo a glória de Deus, o crescimento do seu Reino. Para isso precisamos fazer umas perguntas bastante pertinentes: Como isso trará benefícios para o Reino de Deus? Em que momento isso contribuirá para mais pessoas conhecerem o Evangelho? Qual crescimento espiritual isso trará a minha vida num longo prazo? Outras pessoas, fora da minha família, serão abençoadas com isso? Perguntas simples de se fazer, mas difíceis de responder. Contudo, necessárias, se queremos viver como verdadeiros discípulos de Jesus.
Noé também comeu, bebeu, casou, deu seus filhos em casamento, plantou, colheu e construiu. Mas nunca deixou de cultuar a Deus, nunca abandonou suas orações, sempre tinha um profundo reconhecimento de seus pecados e cria que mesmo assim, Deus era misericordioso para perdoar um pecador arrependido e crente. Noé viveu, mas não negligenciou sua necessidade de Deus.
Jesus disse que nos dias que antecederão sua vinda, os homens serão semelhantes àqueles nos dias de Noé. Mas você pode ser diferente e assim como Noé, ser salvo e viver para glória de Deus.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Superabundante Graça

“Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e, sim, como dívida. Mas ao que não trabalha, porém, por crer naquele que justifica ao ímpio, a sua fé é considerada como prática de justiça.” Romanos 4: 4, 5. (v.5 tradução do autor).



A Carta aos Romanos pode ser considerada um tratado sobre a salvação pela graça, visto que nela, o Apóstolo Paulo procura desenvolver esse tema do início ao fim. Seu objetivo é convencer, principalmente os cristãos judeus de Roma, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm. 3: 23), não havendo ninguém que possa ser considerado justo por suas ações (Rm. 3: 10). Essa foi uma tarefa bastante difícil, pois os judeus, erroneamente, acreditavam que eram merecedores da salvação por serem descendentes de Abraão e terem se mantidos fies à Casa de Davi. Não é aleatória a escolha que Paulo faz desses dois vultos do Velho Testamento para provar que até mesmo eles foram salvos pela graça e não pelo mérito.
De forma convincente argumenta que Abraão foi salvo quando creu na promessa de ser pai de uma nação em terra estranha e que todas as suas ações foram evidências de sua fé, pela qual já fora salvo. Tanto a circuncisão, quanto a disposição de sacrificar Isaque, seu filho, foram posteriores a sua salvação. Pois, em Gênesis 15: 6, apresenta um Abraão justificado por sua fé. Assim também Davi, o grande rei, foi salvo pela graça de Deus, pois diante de seus pecados, adultério e homicídio, não restava outra coisa, segundo a Lei, se não a morte e conseqüentemente a perdição eterna. Mas, a graça se manifestou quando alcançou o perdão de seus pecados apesar de suas obras não merecerem tal recompensa, recebeu a salvação como um favor e por isso exclama, sem compreender, mas alegremente: “Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado” (Salmo 32: 1, 2).
Diante disso surge uma pergunta pertinente, a salvação é uma recompensa ou um favor? Se trabalharmos, o salário que receberemos não é um favor, mas uma dívida, pois receberemos o pagamento por nossos esforços. Mas quando não fazemos nada e mesmo assim recebemos algo, como chamamos isso? Presente, dádiva, favor... Logo, não há lugar para graça quando recebemos a recompensa por nossos esforços, mas quando não fazemos nada ou pior, fazemos o que merecidamente receberíamos a condenação, aí se manifesta a superabundante graça de Deus.
Essa é a mensagem do Evangelho – a boa notícia, que o homem em Cristo recebe pela fé a salvação de sua alma e que essa salvação é uma regeneração que pode ser atestada por quatro aspectos: perdão dos pecados, vida eterna, libertação do domínio do pecado e serviço voluntário ao Senhor que nos redimiu. Isso só é possível porque agora ele é uma nova criatura, regenerado por obra do Espírito Santo. Um novo homem. Glória a Deus!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O Culto é Meu

“Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”. Hebreus 13:15.


“O culto foi bom?” Essa pergunta sempre será feita ou por um irmão que faltou ou por alguém que quer ouvir uma resposta negativa. Precisamos, antes de responder, perguntar: o culto de quem? Porque antes do culto ser da igreja, ele é meu. A soma do meu culto com o culto dos irmãos constituirá o culto da igreja. Ou será que estamos indo à igreja para entreter-nos, passar o tempo, ver “atrações”, assistir culto alheio...
Deus nos convida a cultuá-lo, por isso saímos de casa e vamos à igreja. E de que maneira poderei prestar a Deus um bom culto? Em primeiro lugar é necessário que eu já o tenha recebido em minha vida como meu Salvador – aquele que morreu pelos meus pecados, e meu Senhor – aquele que, a partir de então, tornou-se dono da minha vida. Em segundo lugar o culto pressupõe louvor, exaltação, glorificação, isto significa que eu preciso bendizer, ou seja, falar bem de Deus e das suas obras e é através dos cânticos e das orações que fazemos isso num culto. Nessa hora não importa o instrumento musical ou a voz bonita, pois é o meu culto, é a minha expressão de louvor que conta para Deus. Porque eu poderia estar em muitos outros lugares, fazendo muitas outras coisas, mas optei estar na igreja para oferecer a Deus um culto em demonstração da minha gratidão. Porque, sendo eu o maior dos pecadores, Ele me amou de tal maneira, que deu seu único filho para realizar a minha salvação.
No meu culto, na igreja, tenho também a oportunidade de ouvir a Palavra de Deus, que deverá alimentar a minha fé, a minha esperança, o meu temor. Que também me fará conhecer mais o Senhor e me tornará mais obediente a sua Palavra. A Palavra de Deus trará alegria, paz, ânimo ao meu coração e voltarei para casa radiante porque prestei um bom culto ao Senhor e Ele me alimentou o espírito.
Você vai à igreja para prestar um culto ao Senhor e ouvir Sua Palavra? Se a resposta for sim, louve ao Senhor, porque “o Senhor é misericordioso e compassivo; longânimo e bastante benigno. Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades”. (Salmo 103:8-10).

sexta-feira, 8 de maio de 2009

De Volta para Casa

“Ao entrar Jesus no barco, suplicava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez, e como teve compaixão de ti”. Marcos 5: 18, 19.



Nesse mês de maio, considerado o mês da família, é necessário destacar a importância da família no Evangelho de Jesus Cristo. A família é o primeiro campo missionário, a família é o ambiente onde mostramos quem realmente somos, nela o cristão é averiguado, sua fé é provada.
No episódio citado acima, vemos um endemoninhado que vivia longe da família, seu modo de viver era insuportável para todos que lhe cercavam, ninguém conseguia relacionar-se com ele, o resultado disso foi o isolamento da família, da sociedade e além de maltratar outros, maltratava a si mesmo. Como ele chegou a esse ponto? Percebe-se que tudo foi um processo longo, que o levou a uma situação terrível. Quando encontrou a Cristo, foi liberto. Sua vida foi transformada, agora ele queria servir a Cristo, que bom! Mas, podemos observar a escala de valor evidenciada por Cristo. O homem precisa, primeiramente, acertar os relacionamentos familiares, voltar para casa e mostrar a Obra de Deus em sua vida, deixar que percebam o quanto Cristo transformou sua vida, ninguém melhor que seus familiares para atestar a conversão e a partir de então, ouvir sobre o Evangelho transformador de Cristo.
A mesma necessidade pode ser vista hoje, muitas famílias estão completamente destruídas, vivem, apenas, uma aparente harmonia. Vivem juntos, mas não são mais uma família. O Evangelho conduz o homem ao reconhecimento de seus erros, a uma atitude de humildade e amor em relação aos demais membros da família, a um interesse em ajudar e participar de cada momento. O Evangelho restaura a família.
Infelizmente há muitas famílias na igreja que não estão vivendo uma verdadeira harmonia, precisam de tratamento. Mas aí começa um dilema: Como tratar alguém que não reconhece sua necessidade? Como ajudar quem acha que não precisa de ajuda? É necessário sempre nos medirmos a partir da Palavra de Deus, não podemos servir a Deus, sem primeiro estar bem na família. Jesus continua dizendo a todos que querem servi-lo, volte-se para tua família, arrume as coisas, depois vem e sirva-me. Se não conseguimos nos entender no pequeno grupo familiar, como conseguiremos nos entender no grande grupo da família de Deus? Família forte, igreja forte. Família fraca, igreja fraca. Além do mais, não podemos ignorar que a falência social é resultante da falência familiar.
Portanto, deixe Jesus transformar sua vida e restaurar seus relacionamentos familiares, salvar sua casa, antes que seja tarde demais.