quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Monte da Transfiguração

Lucas 9: 28-36


Esse acontecimento está inserido num momento de questionamento, as multidões estão especulando a respeito de Jesus, uns diziam ser ele Elias, outros João Batista e outros alguns dos profetas antigos. Nesse momento é necessário que os discípulos saibam quem realmente é Jesus, por isso Ele os interroga, quer ouvi-los, quer que confessem no que crêem. Prontamente, Pedro, em nome de todos, responde que Jesus é o Cristo. A partir daí, é importante que saibam o que isso significa: 1º “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (v.23). Jesus está ensinando que segui-lo implicaria perseguição, rejeição, luta contra si e contra muitos e cruz (sofrimento e morte). O Cristo veio para sofrer e morrer; 2º “... a aparência do seu rosto se transfigurou e suas vestes resplandeceram de brancura” (v.28). Jesus também lhes ensina que os sofrimentos precederão à glória. Toda expectativa judaica a respeito de um Cristo glorioso, seria satisfeita num momento futuro, mas agora o que o aguardava era a expiação dos pecadores por meio da cruz. A transfiguração é o único momento no ministério de Jesus em que sua glória é revelada, mesmo que seja a um pequeno grupo (Pedro, João e Tiago). Diante dessa única revelação de glória, surge uma pergunta: Por que Moisés e Elias apareceram como testemunhas da glória de Cristo? 1º Representavam a Lei e os Profetas, a Lei que revela a justiça de Deus e os profetas que anunciavam a manifestação da graça de Deus; 2º Moisés, considerado pelos judeus o maior profeta de todos os tempos e Elias, o precursor, destinado a reaparecer exatamente antes da volta de Cristo para instituir o Reino de Deus na terra.
Outro ponto importante a ser considerado é o tema da conversa entre Moisés, Elias e Jesus. Apesar de estarem em glória, falavam de sofrimento e morte. A palavra original usada para descrever a partida de Jesus é a mesma usada para descrever a partida dos israelitas do Egito, isto é, êxodos. Jesus enfrentaria uma situação semelhante à de Moisés, claro que numa esfera muito maior, mas vejamos alguns pontos semelhantes: 1º Enfrentar um inimigo forte: Faraó / Diabo; 2º Conduzir o povo à libertação: escravidão / pecado; 3º Deserto antecede Canaã / Cruz antecede o céu; Ratificar uma aliança: Lei / graça; Instituir um sacerdócio: levítico / todos os crentes; Estabelecer um Reino: visível / invisível etc. Em Hebreus 11: 26 há uma identificação de Moisés com Cristo, quando esse rejeita a glória oferecida por Faraó em troca da grande tarefa de preparar o caminho de Cristo, pois contemplava a recompensa celestial.
Também vemos em Elias muitas semelhanças das quais duas se destacam: 1º A grande agonia diante da morte (1 Reis 19: 4) e a “partida” para os céus, de modo glorioso (2 Reis 2: 11).
Há nesse episódio uma grande lição aos crentes que desejam apenas reunirem, usufruindo da glória do Senhor, enquanto no vale almas aflitas esperam a salvação. Pedro, Tiago e João refletem o anseio dos crentes pela glória ao proporem permanecer ali (v. 33). Contudo, esquecem da grande comissão do Evangelho: “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura...”.O Senhor Jesus lhes ensinou sobre o serviço cristão e não aceitou tal proposta, mas no dia seguinte os levou às multidões e libertou um homem oprimido por um espírito maligno, ensinando que o culto deve ser sucedido pelo serviço.
Aprendemos também sobre a superioridade de Cristo, pois diante de dois grandes vultos do Velho Testamento os discípulos queriam igualá-los, mas o Pai testemunhou acerca da primazia do Filho em relação a todos os profetas do Velho Testamento dizendo: “Este é meu Filho, meu eleito: a ele ouvi” (v. 35). Da mesma forma o escritor aos Hebreus ratifica a superioridade de Cristo (Hb. 3: 3).
A palavra do Pai nesse momento de glória revelada, também identifica Jesus Cristo com o profeta prometido em Deuteronômio 18: 15, “... a ele ouvirás”. A presença de Moisés ratifica tal profecia, pois foi ele que a profetizou.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O Toque de Jesus

“Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos, e não temais!” Mateus 17: 7.



No monte da transfiguração, os discípulos Pedro, Tiago e João tiveram o privilégio de testemunharem o único momento no ministério de Jesus em que ele revelou sua glória. Ficaram maravilhados, desejaram permanecer ali. Contudo, o Senhor Jesus lhes ensina que ver a glória do Senhor implica em servi-lo, todos que contemplaram a glória do Senhor foram dedicados à obra de Deus. Moisés viu a glória do Senhor e serviu-o arduamente até sua morte, Isaías também viu a glória do Senhor e experimentou a morte cruel na mão do rei Manassés, pois apontava seus pecados e o chamava ao arrependimento. E por que esqueceríamos desses três valorosos discípulos que segundo a história experimentaram uma morte tão cruel! Tanto na glória, quanto no sofrimento e desprezo, precisamos do toque de Jesus. O toque de Jesus é restaurador, pois nos ergue do chão, tira nossos temores e nos ajuda a continuar.
Aos seus discípulos Jesus disse: No mundo tereis aflições. As aflições fazem parte de nossa vida, mas sabemos em quem temos crido e é poderoso para nos conduzir a salvo até o último dia. Talvez você deseje ver a glória de Deus, deseje estar livre de todos os problemas, vencê-los. O toque de Jesus não nos garante uma vida sem problemas, mas nos dá forças pra enfrentar, nos dá confiança. Com ele vamos até o final.
O toque de Jesus purifica, os leprosos foram purificados com seu toque, “sê limpo”, disse Jesus após tocar um leproso. Assim também nós, diante do peso de nossos pecados, podemos receber o perdão pela fé no toque de Jesus, quem somos nós? Pecadores miseráveis diante daquele que é santo, santo, santo. Mas ele nos ama com amor eterno.
O toque de Jesus ilumina, os cegos viram a luz, após serem tocados por Jesus. Abriram-se os olhos de muitos. Assim também nós quantas vezes não víamos a salvação do Senhor, quantas vezes estávamos perdidos sem saber pra onde ir, nem pra onde iríamos. Mas Jesus tocou-nos e agora vemos nossos pecados e também o salvador.
O toque de Jesus liberta, Quantos estão presos nas garras do pecado, precisando de libertação, precisando experimentar a verdadeira liberdade ao poder dizer não ao pecado que tantas desgraças e infelicidades têm trazido ao homem.
“Chegai-vos a Deus e ele chegará a vós outros”, todos que receberam o toque de Jesus se aproximaram dele antes com fé. Que hoje você se apresente diante de Jesus com coração contrito, arrependido, confiante de que nele encontrará salvação.